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Mostrando postagens de novembro, 2019

Kanye West está espalhando o cristianismo dos evangélicos brancos em seu novo disco

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O nome do meio do Kanye West, Omari, significa "Deus é o mais alto". Por isso, é justo que o produtor-designer-rapper se tenha encontrado a espalhar o evangelho. Enquanto em turnê pelo país promovendo seu novo álbum Jesus is King, West tem professado compromisso com sua fé no que parece ser tanto uma turnê promocional quanto de redenção. Este fim de semana, West vai aparecer na mega-igreja do pastor de prosperidade Joel Osteen, que foi pego em controvérsia por alegadamente esperar dias para abrir suas portas da igreja para as vítimas do furacão Harvey. Ao longo das décadas da carreira de Kanye West, o artista multi-hifenizado tem sido muitas coisas. Talvez fosse inevitável que isso criasse algumas contradições. Recentemente, no Jimmy Kimmel Live, West deu uma palestra a um vencedor da loteria negra da Gucci sobre a importância de evitar bens de consumo de luxo - apesar de West ter comprado à sua filha mais velha uma tiara de 62.000 dólares quando ela tinha apenas um an

Banhada num gostoso r&b, Indy Naise lança "Muito tempo é pouco"

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Em parceria com o “Spotify Escuta as Minas”, a cantora baiana Indy Naise lança o single “Muito tempo é pouco”.  “Muito tempo é pouco" faz parte do projeto “Casa de música Escuta as minas” e fala sobre redescobrir o afeto e a felicidade de estar com alguém e esse afeto ser recíproco.  Em tempos de auto ódio, por culpa do colonialismo, claro! Cantar sobre amor e afeto preto é um ato mais que politico. É um resgate de nossa auto estima em meio ao caos dessa diáspora que nos odeia e faz com que nós nos odiemos. Essa linda canção de amor foi composta em parceria de Indy (letra) e a Nina Oliveira (melodia).  O som foi produzido e arranjado por Naná Rizzini , e no processo de produção teve grandes nomes envolvidos, como o produtor Vibox que ficou responsável pelo beat e a cantora e compositora Mayra que fez a direção vocal.  Indy já está consolidando seu trabalho no mercado da MPB, por inovar sua música com afrobrasilidade, hiphop, eletrônico e outros. Lanço

Dia mundial do Hip Hop | Porque existe duas datas comemorativas?

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Todo ano eu fico confuso com isso e vocês? Porque em 11 de agosto comemoramos como o aniversário do Hip Hop e quando chega em 12 de novembro, comemoramos de novo? Bora saber o porquê de cada data. Eu sempre lembro de 11 de agosto, que é o dia da lendária festa do DJ Kool Herc comemorando o aniversário de sua irmã, Cindy.  Como qualquer gênero musical, o rap tem suas origens em outros ritmos, que com o do tempo foi chegando ao que conhecemos hoje. Porém, podemos dizer que a cultura Hip Hop nasceu mais precisamente no dia 11 de agosto de 1973.  Se o Kool Herc é o pai do Hip Hop, sua irmã, Cindy Campbell Herc, tem que ser considerava a mãe da cultura. Foi a Cindy quem deu a ideia para que seu irmão fizesse uma festa para ela relembrando os tempos de Sound System na Jamaica. Kool Herc acatou a ideia. A festa aconteceu na Avenida Sedwick, 1520. Este local é um marco histórico e é visitado por pessoas todos os dias.  Kool Herc e sua irmã Cindy Nascido e criado até os d

DINAMITE | O som de São Paulo

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Diversas equipes de bailes foram importantes no cenário black paulista como:   Chick Show, Zimbabwe, Black White, Kaskatas, Black Mad   e outras. Mas a Dinamite foi a que mais fomentou o rap em SP. Suas coletâneas de rap da equipe   Dinamite – O som de Paulo   ajudaram muito na propagação do rap nas quebradas. Dificilmente alguém daquele tempo não teve pelo menos uma fita do Dinamite.  Importante dizer que o modo de consumir música era muito diferente, quando essas equipes de baile começaram, a música black não era muito consumida via rádio, então muitas pessoas iam aos bailes para dançar, ouvir e conhecer as músicas. Existe diversos relatos de pessoas que conheceram gêneros black como:  funk, disco, samba rock e o rap  através destes bailes. Com o grande sucesso da Black Music, as equipes começaram a lançar coletâneas, gravadoras e a terem seus programas de rádio. Pra quem é novo, imagine que essas coletâneas tinham a mesma importância que as playlists de plataformas digitais tem

Nem tanta paz assim | Resenha de AmarElo, novo álbum do Emicida

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Paz em meio ao caos, mas nem tanta paz assim Na última quarta-feira, o rapper Emicida lançou o álbum "AmarElo" as 20:30 no intervalo do Jornal Nacional em horário nobre. O álbum conta com a participação de Mc Tha, Drik Barbosa, o humorista Thiago Ventura, Fabiana Cozza, Pablo Vittar, Majur e outros.  Antes que comece a ler, quero deixar claro que são impressões minhas (Hebreu). Pode ser que o Emicida tenha um visão diferente, afinal a obra é dele. mas o texto expressa minhas impressões e sentimentos. Amarelo é um álbum de algumas camadas, nuances e sentimentos diferentes, tá ligado?  Sou um fã real do Emicida e eu estava com uma expectativa grande neste álbum. Com o lançamento dos singles “Eminência Parda” e “Amarelo” eu imaginei um álbum pesado, com várias punchs e fogo nos racistas, fogo no sistema e etc. A primeira vez que dei play no álbum eu fiquei desolado (este foi o sentimento no momento), porque o álbum passa um sentimento de calmaria de que tudo tá b