10 bons livros que li




A leitura de um bom livro, pode te levar a lugares onde você nunca foi, ele te abre a mente, expande seus conhecimentos, tanto cultural como da vida e politica também.
Durante toda a minha "estadia" no ensino publico eu li 2 livros, e li por obrigação. Aqueles livros como A moreninha, Memorias póstumas de brás cubas e etc eu nunca li, eram historias que não me interessava. Passei a gostar de ler graças ao rap, o poeta periférico Sergio Vaz e logo depois o escritor periférico Ferréz.  
Por ser poetas e escritores que vieram de lugares que eu venho me fez gostar de ler, primeiro coisas que me identifico, mas com o tempo você passa a gostar de coisas que vai alem da periferia.

Nós do rap temos que fazer jus ao quinto elemento do Hip Hop que é o conhecimento, ele é a unica coisa que o sistema não consegue nos tirar, o único modo de enfrentar o sistema é ter conhecimento.

Hoje domingo 8 de maio, estava eu arrumando meus dvds,cd e livros tive a ideia de indicar 10 bons livros que li, foi difícil mas consegui. Não quer dizer que são os melhores que li. porque não inclui nenhuma biografia que li como a do Tim Maia,Mariguella,Malcom X, Sabotage,Mandela, Wilson Simonal e outros.. 





Desde Que o Samba É Samba - Escrito por Paulo Lins



Com seu estilo inconfundível, que tanto agradou os leitores de Cidade de Deus, Paulo Lins resgata, agora, momentos da formação da cultura brasileira através do samba, da aparição da Umbanda e do modo de vida no Rio de Janeiro de 1928 a 1931. Para isso, o autor conta a história de diversos personagens envolvidos na fundação do primeiro bloco de Carnaval, da escola de samba Deixa Falar. Moradores e frequentadores da zona do baixo meretrício do Rio trazem ao leitor toda a realidade das ruas naquela época. Prostituição, relacionamentos conturbados, sexo, violência, mas também a fé e o samba, ditam o ritmo intenso e cativante da obra.





Negras Raizes - Escrito po Alex Haley

O autor relata a sua genealogia, suas negras raízes. Inicia com a história do seu trisavô, em uma tribo na África, onde é capturado por traficantes de escravos. Antes desse acontecimento, o autor relata os costumes, a educação das crianças, a divisão de posição pela idade e as tradições nessas tribos. Conta o sofrimento sofrido pelos negros no navio negreiro, tendo que defecar no navio, muitos adoeceram pela fome, e falta de contado com o sol. Negras eram estrupadas pelos traficantes, a ponto dos seus orgãos ficarem na carne viva. Aguns eram jogados no mar para aliviar a fome dos tubarões. Chegando na América do Norte, é vendido, fugindo várias vezes, até ter metade do seu pé amputado. É comprado por um homem que o trata melhor, se tornando caseiro da casa grande. Casa com a doméstica, e a filha desse casal, é vendida, por ter tentado fugir com seu namorado. Apesar do dono ser um homem bom, ele não admitia fugas. Essa menina é estrupada pelo seu novo dono. O autor assim continua, contando detalhes dos costumes de cada etapa da escravidão negra na América e dos seus familiares. São 20 anos de pesquisa.




Muito Longe de casa "Memorias de um menino soldado" - Escrito por Ishmael Beah


As crianças se tornaram presença constante nas guerras de nossos dias. Nos mais de cinquenta conflitos em curso na atualidade, estima-se que haja cerca de 300 mil crianças envolvidas diretamente. Ishmael Beah era uma delas.
Como é a experiência da guerra aos olhos de uma criança? Como elas se tornam assassinas? Como abandonam o crime? As crianças do campo de batalha já foram objeto de reportagens e romances. Mas até este livro, ainda não existia um relato em primeira pessoa de alguém que enfrentou esse inferno e sobreviveu.
Em Muito longe de casa, Beah conta uma história pungente: aos doze anos de idade, fugiu do ataque de rebeldes e vagou por uma terra arrasada pela violência. Aos treze, foi recrutado pelo Exército do governo de Serra Leoa e descobriu que era capaz de atrocidades inimagináveis.
Este é um relato raro e hipnotizante, contado com força literária e uma honestidade de cortar o coração.

“Extraordinário... Um relato feroz e desolador sobre crianças comuns que foram transformadas em assassinos profissionais” - The Guardian
“Um relato de tirar o fôlego e desprovido de autopiedade. A história de um garoto sensível obrigado a sobreviver a uma infância impermeável a qualquer forma de inocência” - Revista Time
“Beah é um escritor talentoso. Leia suas memórias e você ficará assombrado” - Revista Newsweek




A ilha sob o Mar - Escrito por Isabel Allende


Um romance de homens e mulheres com coragem para arriscar tudo em troca da liberdade. A Ilha sob o Mar. Autora de livros famosos e premiados, como A Casa dos Espíritos e Paula, traz, dessa vez, um romance histórico sobre as mazelas vividas por uma escrava negra vendida para um fazendeiro das Antilhas durante a colonização francesa no século 18. O romance narra a vida de Zarité, a escrava que foi vendida aos nove anos de idade para o francês Toulouse Valmorain, dono de uma das maiores plantações de cana-de-açúcar nas Antilhas. Como escrava doméstica, ela não padeceu as dores e as humilhações de seus iguais, mas conheceu as misérias de seus patrões, os brancos. Desde o começo o leitor sente a tensão frente à realidade da ilha e a severidade com que Zarité é obrigada a conviver. Ela torna-se concubina de Valmorain e é responsável por cuidar dos dois filhos do patrão: o legítimo, que teve com sua esposa espanhola, e o extra-oficial, que teve com a própria Zarité. A Ilha sob o Mar é um livro apaixonante que começa por volta de 1770, poucos anos antes da revolução haitiana. Quando os escravos se rebelam e queimam as plantações da ilha, Valmorain, Zarité e as crianças conseguem fugir para Cuba, e depois se estabelecem numa nova fazenda em Nova Orleans, nos Estados Unidos.




Capitães da Areia - Escrito por Jorge Amado


Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, este livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Em 1940, marcou época na vida literária brasileira, com nova edição, e a partir daí, sucederam-se as edições nacionais e em idiomas estrangeiros. A obra teve também adaptações para o rádio, teatro e cinema. Documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de beleza, dramaticidade e lirismo.




Guerreiras da Paz - Escrito por Leymah Gbowe e Carol Mithers


Em Guerreiras da paz, Leymah Gbowee deixa claro por que está entre as ganhadoras do prêmio Nobel da paz de 2011. Em uma narrativa forte, mas nunca exagerada na carga dramática, ela conta como conseguiu superar a violência e a destruição causadas pela guerra civil na Libéria, África, que durou de 1989 a 2003. Nesse período, tanto forças do governo como rebeldes assassinaram civis de maneira indiscriminada, estupraram mulheres e arrasaram cidades, plantações e vilarejos.
Leymah reuniu mulheres do país inteiro sob sua liderança, transcendendo religiões, e formou um exército para exigir a paz. Esse grupo se pôs em destaque quando ocupou um campo de futebol na capital liberiana, Monróvia, pelo qual a população inteira - inclusive o presidente Charles Taylor - passava diariamente. Sentadas e vestidas de branco, elas exibiam faixas pedindo a paz.
Assim chamaram a atenção do mundo, inclusive pela iniciativa de conscientizar os maridos por meio de uma greve de sexo. Mas o protesto foi de fato decisivo durante as conversações de paz organizadas pela ONU em 2003, em Gana, onde delegados de vários países discutiam como resolver a guerra civil liberiana. A pressão feita por essas mulheres impulsionou o acordo que acabou por depor Taylor e pôr fim ao conflito.
A história de Leymah é um alerta geral: as mulheres têm voz e força, e são protagonistas importantes no estabelecimento e na manutenção da paz. Um exemplo para todos os países assolados por conflitos e violência.
Quanto ao leitor, este é um livro impossível de largar antes do fim.


“Guerreiras da paz nos lembra que, mesmo nos piores momentos, o melhor da humanidade pode transparecer.” - Arcebispo Desmond Tutu, ganhador do prêmio Nobel da paz de 1984




Falcão - Meninos do Trafico - Escrito por Celso Athayde e Mv Bill

Este livro é um contundente relato pessoal de Celso Athayde e MV Bill dos bastidores da produção de um documentário explosivo sobre o universo dos meninos que trabalham no tráfico de drogas em diversas partes do país. Narrado em primeira pessoa, o livro revela as dramáticas experiências que Celso e Bill vivenciaram antes e durante a realização do documentário Falcão, projeto que iniciaram em 1998 e terminaram em 2006. Os autores também discutem temas polêmicos como racismo, segurança pública, repressão policial e a importância do Hip Hop para a juventude que vive nas favelas. Com uma câmera na mão e a coragem de enfrentar o inesperado, Bill e Celso recolheram imagens e depoimentos estarrecedores. Dos 17 meninos entrevistados, 16 morreram ao longo da produção do documentário. O objetivo dos autores foi mostrar o lado humano destes jovens. Suas razões, suas angústias, suas loucuras, seus sonhos, suas maldades e contradições. 'Não queremos, com este livro, apresentar soluções para a criminalidade infantil, induzir opiniões, ou fazer uma análise profunda baseada em teorias para explicar o motivo dessa tragédia. Pretendemos simplesmente narrar as dificuldades que fizeram parte do nosso dia-a-dia, durante as gravações do documentário Falcão. Fatos que ficaram marcados em nossa consciência, em nossa alma.' 'Falcão - Meninos do Tráfico' abre uma nova discussão sobre a questão da segurança pública. Um livro fundamental para quem pretende entender o problema da violência no Brasil.



Quarto do Despejo - Escrito por Carolina Maria de Jesus

O duro cotidiano dos favelados ganha uma dimensão universal no diário de uma catadora de lixo. Com linguagem simples, ela conta o que viveu, sem artifícios ou fantasias. O duro cotidiano dos favelados ganha uma dimensão universal no diário de uma catadora de lixo. Com linguagem simples, ela conta o que viveu, sem artifícios ou fantasias.




Tsotsi - Infância Roubada - Escrito por Athol Fugard



Tsotsi: infância roubada, escrito pelo dramaturgo sul-africano Athol Fugard, foi transformado em filme e ganhou diversos prêmios internacionais, entre eles o Oscar. A história, de intenso apelo humano, narra as andanças de um jovem marginal negro, com sua gangue de assassinos e assaltantes, pelas ruas miseráveis de um bairro segregado da Johannesburgo dos anos 1950. Tsotsi (algo como "trombadão", no jargão dos guetos, e também o nome do personagem principal) vive aprisionado num mundo de intolerância racial, cometendo crimes contra seu próprio povo. Nesse mundo de violência e pobreza, a morte parece ser a única saída. Até que uma jovem mãe abandona seu bebê nas mãos do rapaz, jogando luz sobre um passado de injustiças e afetos perdidos.
A edição brasileira oferece também uma das principais peças de Athol Fugard, Mestre Harold ... e os meninos, incluída entre as cinqüenta mais importantes do século XX pelo prestigioso Royal National Theatre londrino. Baseada num incidente doméstico protagonizado por um adolescente branco e seus dois empregados negros, a peça exibe todo o poder corruptor do antigo regime do apartheid.




Capão Pecado - Escrito por Ferréz


Vê-se de tudo em Capão Redondo: um feto jogado na rua vira festa para a criançada, jovens consomem maconha e crack, um gato morre de susto, olhos são arrancados por causa de um velho Monza prateado, um enforcado torna-se atração da vizinhança. A miséria é senhora. As pessoas matam por drogas, por honra, por vingança, por machismo, por um nada. E por amor, vale a pena morrer?
Pois em Capão Redondo também se vê o amor, que nasce escondido e cresce proibido, colocando em cheque a amizade de dois rapazes que têm em comum a violência do bairro onde vivem e o interesse por uma morena muito mais esperta do que qualquer um poderia imaginar.




Hebreu

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