A mina de Minas - Tamara Franklin lança o álbum "Anônima"



“Turbante coroa/felina leoa/ tambores de Gana/ dona da savana.” Com um forte discurso feminista e, especialmente, em defesa da mulher negra, a faixa Vem e vê é só uma das “pedradas” sonoras deAnônima, disco de estreia da rapper Tamara Franklin, de Ribeirão das Neves. O CD, que teve pré-lançamento em dezembro, no Matriz, já está à venda on-line.
Aos 24 anos, Tamara é nome promissor no cenário do hip-hop mineiro, que tem sido dominado por mulheres talentosas como Zaika dos Santos, Bárbara Sweet e Clara Lima. O contato de Tamara com a música se deu aos 8 anos, em uma igreja de sua comunidade. A congregação, liderada por uma mulher, desenvolve trabalhos voltados à periferia. E foi de uma pregação sobre a importância dos anônimos heróis na história que veio o nome da faixa-título do CD – projeto que está longe de ser rotulado como gospel.
Muito ligada às questões raciais, Tamara fez logo conexão com as mulheres que realizaram algo significativo e não tiveram seu nome registrado na história dita “oficial”, como Aqualtune, rainha do Congo que liderou um exército na África e já no Brasil – como escrava – foi avó de Zumbi dos Palmares. “O meu som representa tantos outros anônimos que não têm espaço e voz para falar”, conta a rapper.





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