Dica do Hebreu - Video Calle 13 - "Latinoamérica"

Sucesso indiscutível da música latina atual, os porto-riquenhos do Calle 13 vem há tempos se desvinculando de sua pegada “reggaetonera” do início da carreira. As viagens pela América do Sul têm contribuído para esta nova guinada na produção da dupla Residente e Visitante.
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No trabalho de Visitante, Eduardo Cabra, responsável pelas bases, se percebe com o passar dos discos deste grande estrondo que é o Calle 13, a influência de diferentes ritmos latinos, saindo dos Tambores da Chilinga da Argentina, chegando à cumbia colombiana. Nas letras, a verve afiada e crítica de René Perez, o vocalista Residente, também evoluiu – e muito!
Recentemente, no último Festival de Viña del Mar, no Chile, (um evento anual, onde artistas, mesmo consagrados, passam pelo crivo das palmas do público) o Calle 13 foi o protagonista da edição, tanto apresentando artistas chilenos que haviam sido preteridos pelos estrangeiros, sem deixar uma crítica bem ‘en vivo y a colores’, como se dizia.
Também interpretou a música ‘Latinoamerica’, com o grupo folclórico chileno Inti Illimani e a cantora revelação, também do Chile, Camila Moreno. A letra, um primor, lembra os tempos da ‘música de protesta’. E o autor, René, gosta de se colocar com um novo discurso, renovando o Latin Power e a valorização cultural da America hispana e do Brasil também.
No festival que rolou em SP, ‘Telefonica Sonidos’, de 2010, tive o prazer de bater um papo com o irrequieto René, ou Residente. Um jovem esperto, ligado em som, sotaques e referências. O cara conseguiu reconhecimento até de Mercedes Sosa, no último disco antes de suas morte. Gravou com a “Negra” uma música. No mais novo disco de Shakira, também está lá, com a música ‘Gordita’. Não é fraco não...
Ouça aqui o trecho do papo em que ele conta de sua paixão pela América do Sul (me senti como se estivesse na frente de um jovem Guevara 2.0, bem na pegada ‘Diários de Motocicleta’) e como convidou as grande feras da música latina para a gravação de ‘Latinoamerica’. No final, tem uma tradução bem rápida.
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Na versão do disco, a música ganha corpo das interpretações sem fronteiras de Toto La Monposina, cantora folclórica colombiana, da grande peruana Susana Baca, cantora elegante de musica afroperuana e finalmente de Maria Rita, cantora brasileira que sempre transitou, até por herança de Elis mesmo, entre a música folclórica latina.


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By Blog Estadão/Eldorado

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